quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Cronica felina no último dia do Ano.



Ano passado não armei árvore de Natal por ter uma bebê felina impossível e por ter ido passar em SSA.
Ela continua terrível mas a árvore deste ano tinha resistido intocada até hoje, risos. Nina fez um belo estrago, talvez celebrando o ano novo.



A carinha é de imensa candura mas, quem já veio aqui sabe do que é capaz, rs. Até que demorou e era estímulo demais.
PH, dono da casa e meu defensor em tudo, não gostou da brincadeira e bateu nela, rs. Óbvio que eu sempre rio e adoro estas artes. Para fechar, foto de meu príncipe, para não ficar só Nina no blog. Antes que perguntem de novo, não é espelho, são dois mesmo. Ele tem lindo cavanhaque.



Feliz 2010!!!!



Agradeço as mensagens enviadas por email pelos feeds e retribuo.



Que 2010 seja um ano maravilhoso, com muitas realizações, saúde e alegrias.



quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal



Um Feliz Natal para todos.


Um abraço, Denise


sábado, 19 de dezembro de 2009

Sugestões de temas para 2010



Já foram sugeridos os seguintes temas, que aceito:
  • Psicose
  • Introdução a Lacan
  • Estudos de caso (desde que sejam casos já publicados por Freud e Cia).
As postagens estarão disponíveis.
Boas férias e um abraço
Denise

Mais reflexões e conclusões do curso

Fiquei satisfeita de constatar, com a concordancia de todos, que a aula sem o power-point projetado foi uma das melhores do curso.
Em vez de dispersar a atenção com o power-point, voces puderam ouvir melhor o que eu estava dizendo, pensar e participar mais, abrindo espaço mais amplo para troca. Conforme combinado, vou postar um exemplo, que foi o mais rico.
Discutimos a afirmação de Richard Sennett de que o bom cozinheiro é aquele "capaz de talhar um grão de arroz". Tendo solicitado que pensassem o que isto poderia querer dizer em saude mental, reproduzo as respostas:
  • "ser preciso na intervenção"
  • "estabilizar um psicotico"
  • "atender um obsessivo grave"
  • "ter sensibilidade para adequar a intervenção necessaria"
  • "pensar miudinho para chegar na particularidade de cada pessoa"
  • "ir na subjetividade da pessoa e não se deter no superficial"


Voces conseguiram se apropiar de uma analogia de outro campo e trabalhar com isto. Isto é estudo e foi com este objetivo que indiquei este livro.
Cumprindo o prometido, risos, acrescento minha contribuição involuntária às associações. Apos cometer, por tres vezes consecutivas, o ato falho de falar "talhar um grão de areia", que virou brincadeira, respondo por meu inconsciente. Escutando-os, pensava em casos muito mais dificeis. Todo ato falho é oportuno e minha serie esteve em sintonia com a aula. Em saude mental, temos situações mais dificeis que "talhar um grão de arroz" e é como talhar um grão de areia. É quando lidamos com a categoria lógica do impossível, tal como proposta por Aristóteles e retomada por Lacan.




Como já disse, gostei muito da turma e a troca com voces, durante as aulas e nos intervalos, foi muito rica. Poder conhecer um pouco mais alguns de voces, tambem me fez aprender.
Quero registrar um relato que me sensibilizou. Num pais com tamanho descaso pela educação e pela saude, uma pessoa, de junho a dezembro, se deslocou durante seis horas para assistir o curso em Salvador, abrindo mão de sua unica folga mensal. E ainda comentou que o dinheiro que se gasta com estudo é o mais bem empregado. Ainda conseguimos fazer alguma coisa na saude mental publica por contarmos com pessoas assim. Parabens!!
Bom, tambem, compartilhar os demais esforços, sonhos e expectativas profissionais de muitos de voces. Desejo que os realizem. Que a ONG do litoral norte se concretize.




Sobre a avaliação, concordo com as sugestões de melhorias. Agradeço, de coração, o retorno que voces deram sobre meu trabalho e meu estilo de dar aula.
Fico recompensada por alguns de voces terem podido perceber a diferença entre Jaspers lido diretamente, mesmo com a complexidade do texto, e outros autores que o simplificam e reduzem, levando ao empobrecimento do ensino. Que bom que pude transmitir isto.




Agradeço, também, as solicitações para novos cursos e com maior frequencia.
Como combinado, farei nova postagem para que voces coloquem as sugestões de tema para 2010, considerando os temas que me proponho a trabalhar.
Para os alunos do curso, continuo disponivel para responder questões via net.
Feliz Natal para todos e um 2010 maravilhoso.
Um grande abraço, foi um prazer
Denise Stefan






quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Reflexões sobre estudo, aulas e power-point






Divido algumas reflexões que tenho feito, após 6 meses dando um curso sobre "Psicopatologia e Estruturas Clínicas". Nos dias 11 e 12/12, estaremos fechando este curso, com seu módulo V.

Eu gostei muito de estar dando este curso. A turma é muito boa. Alguns surpreenderam-me, muito positivamente, quando indiquei livros dificeis de comprar e de serem lidos, numa sexta à noite, e chegaram no sabado à tarde, com o livro em mãos. A turma sabe que me refiro a Karl Jaspers, pai da Psicopatologia. Leitura que sei não ser facil mas, fundamental.

Vou usar este post online na aula dia 12/12. É o power-point da segunda parte do módulo V porque quero suscitar reflexões.



Entre tantas coisas na vida, o que escolher?

Adoro historia, em geral, não sou saudosista e uso todas as novas tecnologias. Entretanto, temos que parar para pensar e ver como, quando e porque. Qual a função de um power-point? Em um congresso, palestra ou conferência pode ter múltiplas funções. Para um público leigo, costuma ter imagens como a apresentada acima, para atrair atenção e/ou amenizar a dureza de um tema. Em um congresso ou reunião de trabalho, pode trazer gráficos e planilhas que ilustrem melhor o conteúdo. Podem trazer resultados de pesquisas. Para publicitários, podem apresentar proposta de marketing de produto. Podem ilustrar alimentos para dietas ou exercícios, ou tecnicas de quaisquer outras ordens.

Podem também servir como roteiro de aula para quem ministra. Mas, é possivel dar aula sem power-point. Este semestre tive um professor no doutorado do IPUB que chega para dar aula, deixa sua pasta numa cadeira, não usa anotações,nada. Pergunta o que falou na ultima aula e dá uma aula fenomenal. Professor que seria considerado, por muitos, "das antigas". Mas foi um dos melhores professores que já tive. Cultura geral e profissional, com grande experiencia, imensa. Não há registro de presença para alunos e que ninguém converse na sala, porque ele intervém, com a autoridade devida. A turma pergunta e intervém mas, escuta porque o aprendizado é imenso. Quem quer cumprir créditos em pós-graduação ou está interessado em outras coisas certamente se entenderá com o Professor.

O uso de power-points está disseminado e não é isto que quero discutir. Em função desta disciplina do doc, de meu curso com voces e de um curso de extensão de 6 meses que fiz na UFRJ me surgiram muitas questões.

Nos cursos que faço e nos que dou, fico muito incomodada com o elevado grau de conversas paralelas, bastantes desagradáveis. Atrapalham quem quer escutar e dificultam, quando não cortam, o racicionio de quem fala. São cursos livres, ninguem é obrigado a ficar e faz quem quer. No curso que fiz, tivemos aulas quinzenais, aos sábados, das 09 às 18:30. Para que ficar se não quer ouvir e/ou aprender? Aqueles que ficavam no fundo da sala, sem sapato, com os pés na cadeira da frente, dormindo, pelo menos, não incomodavam. Estas conversas nunca tem a ver com a aula.

Eu assisto aulas, com caderno e caneta na mão (instrumentos que adoro tanto quanto o computador).



É minha escolha, meu estilo. Como dou aula, com papel e caneta, ao lado, e anoto se precisar.

Portanto, fica a pergunta: para que exigencia insistente de envio de power-point de aula?

Power-point de aula é uma guia, e muito mais para quem ministra a aula. O conteudo que importa, certamente, não está nele. Quem fez este curso e/ou assistiu outras aulas minhas, sabe que abandono o power-point e sigo o fluxo da aula, de meus pensamentos, das perguntas feitas, do inusitado.

Estive disponivel por diversos meios que a tecnologia atual oferece, deste junho, para responder, discutir ou estudar junto qualquer questão. Nunca fui contactada para isto. Em nenhuma aula fui questionada nem foi feita nenhuma pergunta sobre as sugestões anteriores de leitura nem sobre as indicações bibliograficas de cada módulo. O que isto quer dizer?

Richard Sennet, antropólogo, sobre o qual os alunos do curso receberam resumo elaborado por mim, diz que "para formar um especialista são necessárias 10 mil horas". Isto pode se traduzir em 03 horas de estudos durante 10 anos ou, para residentes de medicina, 10 mil horas em 03 anos. O material foi enviado em pdf de propósito. Um arquivo não manipulável, que não se copia, cola e recorta, como o Word.




Uma pessoa faz cursos, supostamente, por ser ou querer ser um profissional. Pergunto que tipo de profissional cada um quer ser. Ter "canudo" ou "títulos" não é sinonimo de conhecimento ou competência. Fora que, em saúde mental, cabe a pergunta, voce quer um emprego para sobreviver ou trabalhar, exercer sua função para atender quem lhe procura porque sofre?

Na area "psi", é preciso muita leitura, muito estudo, dedicação.... Para mim, um power-point só serve para dar aula. E não preciso dele. Por isto, a segunda parte do módulo V será dada de improviso.

Espero que isto possa significar algo para alguém da turma ou para quem vier a ler o blog.




Nada substitui estudo e trabalho com texto.





Denise











sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Módulo V do Curso de Psicopatologia e Estruturas Clínicas

O módulo V, acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro/09.

Após discussão com a turma, o tema foi mudado. Classificações como CID X e DSM IV estão disponíveis e são livros de consulta.

Continuaremos trabalhando serviços substitutivos, acrescentando experiências interessantes de alguns serviços do exterior. Foi unânime que é mais estimulante, interessante e mais rico.

Nossa proposta de curso não se propõe a ficar enviando os power-points porque agora é habitual e banal isto. Em tempo oportuno, os alunos receberão um power-point dos módulos IV e V. Alguns vídeos mostrados no cursos são disponíveis para utilização de médicos em atividades didáticas, portanto não podem ser repassados. O vídeo de Nise da Silveira está defeituoso, tentarei ver com os responsáveis pela edição.

A sugestão de leitura do módulo V é a mesma do módulo IV, disponível para cópia com Andrea Diniz. Alguns dias antes da aula os inscritos no módulo V receberão um material produzido por mim. É proposital o envio poucos dias antes da aula. Objetiva transmitir, na medida do possível, o que é estudo, trabalho com texto, comprometimento com o trabalho clínico e com as pessoas atendidas. Conhecimento e clínica não passam por osmose, requerem trabalho e dedicação. "Trabalhadores decididos", como diz Lacan, ainda mais no serviço público.

Também será enviada a bibliografia sugerida.

Bom estudo, bom trabalho! Que todos nós possamos aprender juntos.
Até dia 11.
Denise